É Novembro... e a sombra dos lírios derrama-se sobre a campa.
Há um olhar terno na fotografia debotada
Um riso que hesita em ser riso
Uma gargalhada encoberta no escuro dos olhos
Talvez ela nem quisesse rir
Talvez ela apenas quisesse acender o desejo de sorrir
Como a luz de uma vela na fresta da janela
Tremeluz nos cantos da boca uma pequena ruga
Esquecimento e devoção giram em volta da moldura
Ais sobem pelo peito dos monólogos
As lágrimas formam represas nos olhos em fim de estação
A fotografia é agora uma natureza-morta
Uma lembrança ajoelhada sobre a parede branca
É Novembro... e a sombra dos lírios derrama-se sobre a campa.