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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Acorda-me...

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Acorda-me...deixa que veja o que nos sobrou da noite

Acorda-me...deixa que ancore na extrema pétala da manhã

Na fundura mais extrema residem as palavras que nos cobrem

É lá que escutamos o riso dos barcos ecoando na noite

Sobrámos dentro da esperança..renascemos nas plantas primaveris

Brevemente o sol cobrir-nos-á de pétalas vermelhas

E a noite irá dissipar-se dentro da lucidez ácida do amor

Vejo-te agora como um mar onde adormeço

És a vaga que me desperta no ardor intenso do teu sono

O que nos sobrou depois de tanta tempestade?

Que caules desastrados pisámos?

Até quando vamos erguer-nos dos nossos escombros?

Tudo em nós desperta na luz impermanente

Fechados os olhos...terminada a floração das sombras

Seguiremos lado a lado...com a memória toda inteira..

 

Os dois tempos

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Vivemos em dois tempos, o tempo de trabalho e o tempo de viver. No tempo de trabalho estamos sujeitos ao seu ritmo e tempo, no tempo de viver podemos ter o “nosso” tempo. Nos nossos dias devido à interferência do tempo de trabalho perdemos o “nosso” tempo de viver, perdemos o contacto com os nossos filhos e com o nosso “eu”, porque estamos sempre atarefados com alguma coisa . A questão a colocar é:como dar a cada um o seu tempo? Como tornar apetecível a vida? Estudos demonstram que se deve diminuir o tempo de trabalho e prolongar a vida activa, ao diminuir a jornada de trabalho estamos a criar mais empregos, que por sua vez se vão refletir nos custos do desemprego e ao prolongar a vida activa estamos a diminuir também os custos com as pensões. Ao trabalharmos menos horas estamos a criar um “escape” para o stress, ao mesmo tempo que podemos dar mais atenção aos nossos filhos, dedicarmo-nos a um passatempo, ao desporto, etc. sem dúvida que a chave do futuro passa por conjugar estes dois tempos e alterar radicalmente a nossa actual relação com eles.