Nenhum animal voa só com uma asa. A liderança talentosa só ocorre quando se junta a cabeça e o coração – o sentimento e o pensamento. São as duas asas que permitem que o líder voe. Poder intelectual e clareza de pensamento, são características que colocam qualquer pessoa à porta de posições de liderança, sem estas capacidades imprescindíveis , não se pode entrar. Contudo o intelecto só por si não faz um líder. Um líder - concretiza visões, porque cria motivação, orienta, inspira, ouve, convence – e gera ressonância . O intelecto não é um deus, não tem personalidade, não consegue liderar, só consegue servir e seguir. O líder deve desenvolver a autoconsciência, esta facilita a empatia e o auto domínio; são estes dois domínios, em conjunto, que permitem uma gestão eficaz das relações. A autoconsciência é a base de tudo, se não tivermos consciência das nossas emoções, não somos capazes de as gerir e também não temos capacidade para apreender as emoções dos outros. Os líderes sem empatia estão inconscientemente dessintonizados e atuam de formas que causam reações negativas. A empatia, qualidade que inclui a capacidade de ouvir e compreender a posição das outras pessoas, dá aos líderes capacidade para se ligarem aos canais emocionais dos outros de forma a gerarem ressonância. Por outro lado se não conhecermos as nossas emoções não as podemos gerir e em vez disso são as emoções que tomam conta de nós, isso é bom se se tratar de sentimentos positivos como o entusiasmo ou o prazer de afrontar um novo desafio, mas os líderes não podem permitir que as emoções negativas, como a frustração, a raiva, a ansiedade, o pânico, os controlem. Como as emoções se transmitem ao grupo, a principal tarefa do líder é manter as emoções debaixo de controlo. Nenhum líder é capaz de gerir as emoções dos outros se não souber gerir as suas, o que não quer dizer que os líderes não tenham problemas pessoais, só que as preocupações da vida privada não podem contagiar as relações profissionais. Normalmente as pessoas desagradáveis causam irritação aos outros, os quais, por sua vez se tornam agressivos, no entanto se o “agredido” responder num registo positivo, a pessoa conflituosa não consegue manter a sua estratégia. Se o chefe consegue manter o controlo sobre os impulsos e as emoções, e por isso cria um ambiente de confiança, bem-estar e justiça, isto transmite-se ao grupo, já que ninguém quer ser conhecido pela sua agressividade num ambiente em que o chefe se impôe pala calma. O líder deve ser transparente, a transparência ( franqueza com os outros a respeito das
nossas crença, acções e sentimentos próprios ) permite atitudes íntegras e transmite a ideia de que se pode confiar no líder.
baseado no trabalho de :
DANIEL GOLEMAN – RICHARD BOYATZIS – ANNIE McKEE
OS NOVOS LÍDERES