Cores de gume árido
Naquela noite os pássaros debicavam os beirais do silêncio
Nas paredes rumorejavam asas de memórias aguçadas
A chuva cortava o constante arrastar dos olhos pelo escuro
Misturavam-se as águas dos beirais com o sussurro das luzes da manhã
Luzes que me acordam para o fogo que me fixa...
Sol e escuro...cores de gume árido que ferem os olhos cansados
Esses olhos que despertam para o orvalho que cobre as ruas
Onde escuto os primeiros passos da manhã...
Os teus....