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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Falta-te percorrer o mundo....

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 (Foto Leonard Nimoy)

Falta-te percorrer o mundo....

Aquele mundo onde tremeluz o encanto da partida

Falta-te deixar para trás a madrugada...

A sombra que dilacera o azul sem fim do céu

Falta-te encontrar o lugar onde a luz é um pavio feito de claridades

Que se esvaem pelos teus recantos inacessíveis

Luz rendilhada a dilacerar-se na sombra...

Flor de cacto encerrada em si própria..desvanecida..

Encoberta por um negrume de safira que cega as noites implacáveis

Isso não és tu...é o rendilhar das pequenas coisas que te oprimem

Tu..és o sono da mãe ancestral..o sinal dos anos a talhar a existência

Escutas esses silêncios que se metem pelas rachas das paredes

Descobres o profundo piar dos pássaros

Imaginas répteis a viver dentro das imagens votivas

Sabes onde estão as asperezas dos dias

É o teu corpo a esvair-se..embrulhado numa neblina azul

Respiras a claridade que te conduz pelos teus pés descalços

É o tempo real a dizer-te que nas frinchas do teu imaginário vive um conto de fadas

E que na fundura de um tempo seco há uma criança de olhos fulvos

Que desliza por entre o piar frágil da distância

E que teima em romper caminho até aos teus remendados dias

Como se fosse o último lugar onde pudesse afundar o tempo

E consumir os teus pés silenciosos..

Perante os trinados desgastados da noite.

 

Professores e alunos

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Sabiam que antigamente os professores (as) castigavam os alunos com réguadas e outros tipos de tortura? Pergunto-me qual seria o tipo de escola nos dias de hoje se essa prática continuasse e qual seria o fruto educativo que as crianças obteriam.Sabemos que essa prática era aceite pelos pais, independentemente da classe social, porque consideravam,(talvez pela nossa influência judaico-cristã) que é preciso sofrer e quanto mais cedo melhor. Ou será que os castigos corporais foram de forma maquiavélica substituídos pelos psicológicos? Que outro nome podemos dar à escola de hoje, senão o de que é um lugar de sofrimento para as crianças?

 

O chefe mandão - É ASSIM PORQUE EU DIGO

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Conhecem o chefe mandão? Aquele que utiliza o lema : é assim porque eu digo. Este tipo de chefe exige obediência imediata à ordem mas não se dá ao trabalho de explicar as razões, não delega autoridade e procura manter controlo rígido sobre todas as situações para as dirigir em pormenor. Normalmente não dá feedback às pessoas ou só refere o que fizeram mal, nunca o que fizeram bem. Em suma trata-se da receita clássica para causar descontentamento.

Este é o estilo de liderança que se revela menos eficaz num maior número de situações. O contágio emocional vai do topo para a base, as chefias intimidantes contaminam o estado de espírito de todos,e, em consequência, a qualidade geral do clima emocional da organização. Este tipo de líderes, desmoraliza as pessoas retirando-lhes capacidade para se apresentarem com boa disposição,aquela dá ânimo e melhora a capacidade de trabalho de todos na organização.

Por quase nunca elogiarem e estar sempre a criticar os seus subordinados, estas chefias desgastam a boa disposição das pessoas, retiram-lhes o orgulho e a satisfação no trabalho – precisamente os factores que estão por trás da motivação dos trabalhadores. Este estilo destrói a aptidão dos trabalhadores para sentirem que contribuem para uma missão partilhada por todos, sentem-se afastadas e desinteressadas tipo: “mas para que é que eu estou a preocupar-me com isto?” As chefias deste tipo são verdadeiros dinossauros do mundo do trabalho, daqueles que nem os ossos se aproveitam.

 

Há um não sei quê a repartir-se pelos dias

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Andei por todos os lugares onde as sombras são feitas de pedra

Senti o delicioso encanto dos jardins...

Dormi o breve sono das ravinas onde o sol se encobre

Peso de ave distraída...floração de amores...pétala de corpo despido

Olho para ti e vejo os meus passos...sinto o odor acirrado da fundura dos mares

Vejo em ti o frio da tempestade que cresce em mim... como um outono raro

Sinto um bater de asas sonhadoras...

Vejo um lado de fora de mim iluminado pelos teus olhos..

Janelas....barcos..viagem

Há um não sei quê a repartir-se pelos dias

Uma mão atenta aos crepúsculos

Como uma velha trave que segura o meu tecto

Há uma maldição..uns olhos castanhos junto a uma mágoa

Apago os olhos ...sei que regressas...