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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Hoje acordei com uma dúvida existencial

 

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Hoje acordei com uma dúvida existencial...como ocupar o tempo fazendo algo de útil. Pensei em vestir-me de Cobrador do Fraque e perseguir banqueiros fraudulentos,mas depois achei que esta minha ideia ainda me poderia levar até à porta do Goldman Sachs,e que vai daí aparecia o Durão Barroso que me pedia para ir dar uma volta até Bruxelas e perseguir o Jean-Claude Juncker, e depois lá vinha este a pedir-me para perseguir primeiro a prata da casa e então é que tinha o tempo ocupado até me reformar... sim que isto em Portugal é fraude atrás de fraude...e o problema é que não há Cobrador para os perseguir. Aliás se houvesse em Portugal um Cobrador do Fraque para cada corrupto o problema do desemprego estava resolvido...

 

 

 

 

Serás sempre tu a percorrer a mágoa...

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 (foto Robert Doisneau)

Levas nos olhos o deslumbramento de uma ferida aberta

Há em ti um vulto que percorre o chão...há uma separação que floresce

Um corpo que debita a límpida mensagem do amor

Pensas que a cintilação do tempo é uma banalidade

Que a tua sombra um dia será apenas feita pela luz abrasiva das lágrimas

E que florescerás numa primavera distante

Lá onde as violetas se deslumbram com a sua própria cor

Lá onde o tempo ondula mansamente nos teus olhos tímidos

Mas serás sempre tu a percorrer a mágoa...

A quebrar o gelo que vive dentro do teu ânimo

Até que as tuas mãos se separem das visões que choram

E agarrem o inverno...

Que escuta pasmado a tua música avassaladora.