Eras uma breve impressão de algo que crescia como um sono
Eras um rosto inclinado para dentro da transcendência
Como se fosse habitar o sorriso das coisas
Ou como se fosses uma planta que ondula no lado deslumbrado da natureza
Eras uma imagem..uma lâmina que desce da pureza do mundo
Até atingir a esbranquiçada flor exposta à luz banal da manhã
Tinhas o cerne do tempo a espreguiçar-se..a florescer dentro de ti
Como uma palavra esquecida numa noite de inverno
O teu corpo sucumbia ao cansaço..era agora um ténue peixe florescente
Nadando nas profundezas de uma magia..ou de um pensamento
Eras um como um caçador de dias...vivendo no rosto pálido da lua
E que floresce dentro de um espírito feito de água puras
Como uma visão aberta aos breves raios de luz...
Ou um gelo percorrido por fantasmas
Que apenas sabem de si...o que o sonho lhes trás....