Quando todas as coisas convergem para o espaço
E todos os espaços convergem para um poço feito de alma esvaziada
Quando dentro das penumbras espreitam as mágoas
E as manchas dos dias se tornam incolores
Dos nossos olhos gotejam desistências...
E cantos surdos ecoam nas ramadas dos pinheiros
Nevoeiros dançam sobre as águas pálidas
Cheiros breves espreitam por entre as manchas do tempo
Como recados vergados às ladainhas de longínquos rostos
Então é altura de descer por essa humidade que se cola à alma
É tempo de bordar paisagens..de multiplicar vidas...
De esquecer os sulcos abertos na carne
É tempo de alumiar os silêncios..de despertar marés...de construir castelos no vento
É tempo de abrir gavetas e deixar sair a noite..em apoteose...em clarividência
E nunca perguntar onde está a melhor palavra para te oferecer
Porque dentro da névoa que cobre o coração..vive imóvel...
O teu nome mineral...