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folhasdeluar

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Retratos do quotidiano - pais que viciam filhos

 

Entro na pastelaria.Sento-me e enquanto espero pelo atendimento entretenho-me a "cuscar" o que se passa nas outras mesas. Um pouco mais à frente está um casal ainda jovem com uma menina de uns três anitos. O pai enquanto mordisca a sandes não tira os olhos do telemóvel, já a menina está entretida a ver desenhos animados no telemóvel da mãe.

Entra outro casal, jovem, trás consigo uma bebé de uns seis meses, não mais, senta-se, senta a menina em cima da mesa, o pai tira o telemóvel do bolso e depois de abrir um site de desenhos animados coloca-o em cima da mesa para a filha se entreter..

Depois vêm as estatísticas dizer que 25% dos jovens portugueses são viciados na internet...só nos falta saber quantas crianças e bebés também já o são...





 

Deixa que me lembre daquele tempo em que as casas tinham jardins

 

Deixa que me lembre daquele tempo em que as casas tinham jardins

E dos dias em que os pássaros afinavam o canto por entre loiros trigos

Não basta saciar o rumor dos dias..nem o sono das vagas

Sabes que a todas as horas se morre..a todas as horas o nosso corpo se oxida

Perscrutando as falésias que suspiram por ventos calmos

Magoados medos alastram pelas intempestivas manhãs..incertos como águas

Escorrendo pelos fios dos dias...como breves sombras tardias

Avançar sobre todas as coisas que vivem no esquecimento...é hoje..dizemos

Como aquáticas plantas tatuadas na sombra dos salgueiros

Quem se esqueceu de levantar os olhos e suspirar por uma terra suave

Talvez nunca tenha encontrado um sol que brilha na noite

Nem uma mão calejada pelos pontos cardeais

Avança-se e pronto..a alma comparece onde é chamada

E depois ouvimos as vozes dos peixes voadores...a subir por nós...

Como sonhos...ou como tempestades...

 

 

Os jogos de consola e a obesidade nas crianças

Antigamente quase não havia crianças obesas, isso devia-se ao facto das crianças brincarem na rua e de se divertirem com os jogos tradicionais. Quem é que hoje conhece o jogo do pião, da apanhada, do stop, de saltar à corda, de correr com o arco, do lenço...e tantos outros que obrigavam os miúdos/as a fazer exercício,(aliás o próprio jogo era um exercício), e também a socializar, porque os jogos para além do seu prazer lúdico também servem para as crianças aprenderem lições de vida. É através do jogo compartilhado que desde tenra idade se aprende que na vida se perde e se ganha e também que da competição com os outros se pode tirar prazer. Hoje os jogos de consola ou de telemóvel são jogos que promovem o isolamento e a obesidade,(para além do novo tipo de alimentação que é outro factor que contribui para isso), são jogos que alienam as crianças porque estão a jogar com o virtual, isso por si só não é grave, o mais grave é que os miúdos passam horas e horas agarrados a esse tipo de jogos, e não convivem. Não é voltar ao passado, nem é ser saudosista, mas talvez fosse boa ideia os professores na escola fomentarem a aprendizagem dos jogos tradicionais, isto claro se houver algum professor que os conheça, ou se interesse por isso...

 

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