A fala e a escrita
A fala, a escrita e toda a arte em geral, surgiram da necessidade que o homem tem de comunicar os seus pensamentos...
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A fala, a escrita e toda a arte em geral, surgiram da necessidade que o homem tem de comunicar os seus pensamentos...
Na semana passada resolvi deixar de receber newsletter`s, mas não julguem que é fácil livrarmo-nos delas. Algumas apenas pedem que indiquemos o motivo pelo qual queremos deixar de as receber, depois dizem-nos que têm muita pena por querermos sair e perguntam se queremos mesmo deixar de as receber. Outras encaminham-nos para um link onde temos de responder a algumas questões e no fim dizem-nos se não queremos voltar atrás com a nossa decisão. Outras ainda encaminham-nos para um link, que nos encaminha para outro link, onde temos novamente de responder a outras questões e no fim....enviam-nos um e-mail a perguntar se queremos voltar a recebê-las.Já me lembrei de criar uma newsletter`s a informar quem me envia newsletter`s, que não quero receber mais nenhuma newsletter.
No consolo do dia procuro o alimento imprevisto
Procuro o tempo de cada objecto...de cada acto...de cada vidro espelhado
Procuro a sabedoria da floração dos tormentos
O toque subtil das razões que brilham na tranquilidade das árvores
Procuro o fruto que adormece na breve fala do estio
E vejo no translúcido tempo...o princípio da ausência inflamada das horas
Vejo o vazio dos dedos a agarrarem o branco das casas
Vejo as asas esguias das paisagens onde nunca estarei
E tudo se mistura num caleidoscópio de vozes..cidades e rios
Tudo se apaga num imenso aroma a corpos debruçados sobre sonhos feitos de vento
E todos os barcos partem..todos os mares cantam...todas as estrelas morrem.
Na parte supérflua de mim todos os gelos se derretem...
Flores ausentam-se no desencanto das paisagens
Enquanto o coração constrói sombras inertes..sonâmbulas...
Perdidos nas nuvens que afloram o riso das gaivotas
Ali estamos..somos circunferências floridas..doridas...
Cosidas nas plumas dos deuses
No alto confundem-se bocas e ventos..dedos e espuma...
Mas o nosso rasto ali ficou ..como um horizonte onde não cabemos
Como algas que se quebram de encontro às memórias
Como vertigens de máscaras libertas de si próprias
Como vazios de universos..como combates perdidos...como mortes de espanto
Como bóias que vogam sem destino...
Perante a eternidade do ventre das águas.
Uma vez ouvi uma mulher a dizer que agora os homens são uns maricas, já não atiram piropos e até se afastam quando uma mulher se encosta a eles...ai não ...se agora um tipo diz alguma coisa a uma mulher tem a sua tranquilidade em risco até ao resto da vida....nunca se sabe se um dia mesmo já de bengala não lhe aparece alguma queixa na polícia, ou se for famoso, na comunicação social...
Queria tanto que um pedaço de mim acordasse na lisura desta página
Que tudo o que é inexplicável escorresse pela agonia da terra
Que as pontes rolassem...que as águas esculpissem vozes nos rochedos
Que o mundo se inclinasse...e os dedos se enchessem de paisagens
Que os pântanos brilhassem nos olhos das paixões
E o mar fosse uma torre de marfim a sonhar brisas aladas
Se eu te chamasse erguerias os braços?
Se eu te dissesse que um barco é um caminho de vento...virias?
Não há praia que não ouça o chamamento das marés
Nem enxurrada que não se quebre de encontro ao teu peito florido
Desfaço-me em estrelas....invento apetites de imagens...bebo os ritmos das folhagens
Sei que as sombras da terra são frias..que as plumas têm porte altivo
E que o galope dos meus gestos é uma densa neblina
Sei...que os meus olhos voam felizes por fora do vento
Que dentro das grutas há densos planetas..rastos de tempo indizível
Sei que me arrasto pela espuma de um dia que se cola ao corpo
Que uma vertigem se desenrola perante as asas dos véus
Que o mundo se desequilibra sempre que um vazio se desprende de mim
Porém nas folhas da tarde vejo os espaços onde os braços giram
Onde a solidão se acoita...nesse caminho sem fim nem segredo
Presa... num corpo que rola pela colina do vazio.
"A vida é como um festival; tal como alguns vêm ao festival para competir,outros para se entregarem ao comércio, outros à caça da fama ou do ganho.Outros, os melhores, vêm como espectadores, esses são os filósofos e os poetas, porque esses são os que procuram a verdade."
Inspirado em Pitágoras.
" Só aos imbecis é que o dinheiro não dá felicidade". excerto de O Amante de Marguerite Duras
Pensamento discutível mas com um grande fundo de verdade...