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folhasdeluar

Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

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Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

Mãos

Olho para  o outro lado de mim... perco-me? Não!

Porque do outro lado de mim ainda posso ver este meu lado que agora está em outro lado.

 

Nunca conseguirei caminhar mais que os caminhos que há para caminhar

Nunca serei um rio sem foz atado a duas margens do tempo.

 

Para viver basta-me o sol do teu sorriso....para morrer basta-me o silêncio intransponível da tua ausência.

Pego com mãos de vidro nas flores que o vento borda.

Punhal de vento

Com o meu punhal de vento

Traço riscos na lembrança dos instantes

 

Cintila a transparência luzidia da água

As árvores choram os galhos feitos cruz

Do meu corpo erguem-se fétidos anseios

Tudo apodrece na algazarra silente de um rebanho sem margem para ancorar.

 

Os pinheiros estendem-se pelas compridas faces das encostas

E as cigarras vestem-se de santas... equilibram-se nas bordas do amor...

E cantam....sofregamente... na véspera fa tristeza

 

No comprido desmaiar de um milagre

Oculta-se a tristeza dos juncos batidos pelo vento

 

No comprido rio os passos marcam compassos de gemidos

E o sol... escondido por detrás dos ciprestes

É uma flauta de pastor a marcar a hora da sesta...

 

 

 

A insanidade da justiça

No tribunal de Beja,estava a decorrer um julgamento de contestação a uma herança por parte dos familiares de um homem. O juiz pediu a uma psiquiatra se era possível analisar a sanidade mental do homem... o problema é que ele já estava morto. Obviamente que a psiquiatra disse que isso não era possível, e assim o estado poupou 400 euros, que era o custo de toda esta operação. A psiquitra só dizia: oh pá,oh pá, oh pá...isto nunca me tinha acontecido