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folhasdeluar

Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

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Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

O meu primeiro rally paper

restaurante-o-lavrador.jpg

Uma vez vez participei num rally paper. Era uma coisa de amigos e claro que como em todos os rallys paper o que interessa é o divertimento. Naquele rally foi anunciado que haveria um prémio para todos os participantes, até o que ficasse em último seria premiado. Escusado será dizer que quem ficou em último lugar foi a minha equipa. No final procedeu-se à atribuição de taças e medalhas. Quando chegou a nossa vez, os organizadores trouxeram uma caixa enorme, o pessoal ficou a pensar que o melhor prémio seria o do que ficou em último, e nós também. Subimos ao palco, abrimos a caixa e lá dentro estava o nosso prémio.Era um nabo enorme... com mais de quilo e meio...claro que foi risota geral. Nós é que não nos ficámos, pedimos uma faca, cortámos o nabo em pedaços, e distribuímos pelos elementos de todas as outras equipas... e como castigo pela risota foram obrigados a comê-los.

Na página em branco

 

Na página em branco descansa o silêncio das palavras

A página em branco é uma imensidão de sonhos...é uma vigilância de desertos

É uma possibilidade de mundos a rumorejar pelas margens das sílabas

Em cada recanto da página em branco há um tecer de cadeia e trama

Há um longo tecido de sentimentos a vestir as horas de quem escreve

Há um suspense...uma penetração da alma...um despertar

Na página em branco há o mistério das frases que ainda não são frases...

Mas que são sonhos de silêncio que acamam dentro de uma caneta pousada na beira de cada um de nós...

Poetas...

 

É o vento...

Perfume de mortos a acariciar a terra

A brisa sopra sobre uma felicidade cinzenta

Das margens do tédio erguem-se anos de fumo

É isto a vida....

Um sol que desce em ziguezague por entre a ferrugem dos corpos

Uma noite de pedra a calcinar os olhos

Uma felicidade que peregrina por dentro de um sopro de ar

Uma agonia que volta e meia se veste de fumo

Uma hilariante provação de vozes

Um cruzar de madrugadas sibilantes

O nada...dorme dentro do meu pesadelo

A indiferença é uma inquietação a desafiar a alma

O corpo suplica pela mentira nervosa da noite

A porta abana...as portadas abanam... abro-as...

É o vento...

Pede-me que o deixe sentar no sofá da comédia

E juntos... rimo-nos...

Dos pregos espetados no sonho dos homens...