Só o 12ºano já não chega...
Portugal tem falta de doutores. Portugal é um dos países onde se pagam dos mais baixos salários. Uma coisa está ligada à outra já que quase sempre os alunos com mais dificuldades económicas são os que têm mais dificuldade na aprendizagem. Sabemos que o acesso ao ensino e à cultura são o motor de desenvolvimento de todos os países, então é preciso democratizar o acesso ao ensino superior, e para isso não é apenas necessário que os politécnicos formem doutores, é preciso apoiar todos os alunos com fraco poder económico. Para remodelar o ensino é preciso aumentar o nível de educação, hoje o 12º ano já não chega, é preciso que o ensino obrigatório passe a ter em conta a universidade ou os cursos de formação profissional, o ensino obrigatório deve passar dos actuais doze anos para quinze. Tem que ser feita uma alteração ao financiamento das universidades, os alunos não devem pagar propinas quando estão a tirar os seus cursos, devem pagá-las depois de formados e depois de terem arranjado emprego. Hoje um dos negócios da banca é emprestar dinheiro para os alunos pagarem os mestrados, quer dizer que os alunos quando entram no mercado de trabalho já estão com dívidas contraídas. Também neste caso os mestrados devem ser gratuitos e só devem ser pagos(em prestações), depois dos alunos encontrarem emprego. Podemos aceitar que o estado não tem dinheiro suficiente para suportar este tipo de ensino, mas a verdade é que esta reconversão do ensino universitário só custa nos primeiros anos, depois à medida que os alunos formados comecem a encontrar emprego e a pagar as suas propinas e mestrados, o ensino vai novamente ter uma fonte de financiamento, além disso as universidades podem captar dinheiro fazendo acordos com mecenas e com empresas. Uma coisa é verdadeira, o ensino e o sistema de ensino têm que mudar para fazer face aos novos desafios.