Olhamos apenas a superfície das coisas.
Olhamos apenas a superfície das coisas...para nos defendermos da angústia de pensar que há uma profundidade escondida em cada dia...
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Olhamos apenas a superfície das coisas...para nos defendermos da angústia de pensar que há uma profundidade escondida em cada dia...
Não é com campanhas de sensibilização que se elimina a utilização do plástico...é com a proibição total do seu uso...
Nasce em nós um grito...uma fome de ser gente e prata
Vemos um deus em cada estrela...uma esperança em cada brilho
E procuramos nos fragmentos da nossa alma
A comunhão com as coisas que se dispersam na espuma incandescente da noite.
Desapertamos laços...
Corremos como corpos obrigados a ser reflexo de luas desconhecidas
O que está dentro de nós é uma fluorescência de firmamentos inacabados
Perante a dura realidade da morte...nada mais queremos que a eternidade
Perguntamos ao silêncio pelos gestos que nos possam salvar
Erguemos as mãos numa prece que nos interroga
Sabemos que da nossa combustão sairá a resposta para o sem sentido
E que da multiplicação dos olhares o mar cairá dentro de nós
Como um tudo...como um nada...
Como um ponto que intervala o horizonte que não vemos
Com o breve instante em que nos levantamos
E descobrimos que estamos sós...
Com a nossa fome de eternidade!
És a aragem que ainda sopra das palavras escondidas
Tu não estás...apenas a tua cabeça persegue a minha imprecisão
Podes esconder a tua farsa...os teus esforços são o que nunca saberás...
Estarei sempre na tua cabeça...porque provaste o cheiro que te abriu as asas...
Nunca me saberás descrever...serei sempre o teu hífen...
Ou cepo onde porás a cabeça translúcida e alucinada...
Serei o teu resto de luz..diluído...porque nunca saberás quem eu sou...
Esquece o nome...ele não existe...apenas habita o corpo de outro...
Mas de ti...eu conheço perfeitamente o teu covil...a tua toca...
Prescindo agora de todas as palavras...chegou o tempo do silêncio....
São aqueles que guardamos dentro de nós, que fazem companhia à nossa nossa solidão...
Há frases que são um mundo...esta é uma delas
A relação conjugal só é ideal...quando não é necessária para a sobrevivência de cada parceiro...***
Do livro - quando Nietzsche Chorou de Irvin d. Yalom
É preciso que se opere uma revolução na área dos transportes públicos e privados. Sabemos que a poluição causada pelos combustíveis fósseis trará consequências catastróficas ao planeta, por essa razão é agora que é preciso tomar medidas drásticas e diferentes das que têm sido tomadas. Portugal é um país com imensas possibilidades de produção de energias renováveis, por isso o governo, (este e todos os outros que se seguirem), devem adoptar medidas inéditas no mercado automóvel. Para começar deveria acabar o imposto automóvel sobre os veículos eléctricos, sabemos que isso traria uma quebra de receitas ao estado, mas essa receitas poderiam sem compensadas com o aumento de impostos sobre os combustíveis fósseis. Contra todas as opiniões, defendo que se deveria aumentar ainda mais a gasolina e o gasóleo, para financiar a redução de impostos dos veículos eléctricos. Ao implementar esta medida,(que não seria certamente a mais popular), mas que a médio prazo só traria benefícios ao país, acabaria grande parte das importações de petróleo, o que contribuiria para o equilíbrio da balança de transações correntes, e passaríamos a consumir a nossa própria energia. Que governo terá a coragem de olhar o futuro a longo prazo?
Dizer não ao dever! É esta a fórmula da liberdade.
No mais fundo de nós reside a sede de liberdade. No mais fundo de nós há um animal que anseia libertar-se das amarras que nos prendem ao nosso insalubre dia. Muita vezes, demasiadas vezes, o dever para com os outros é uma algema que nos atira para um poço profundo, o poço da insatisfação. Vivemos o tempo que nos resta após o nascimento. O tempo que nos arrasta inexoravelmente para a cova. Como poderemos nós viver em completa liberdade esse tempo que nos foi dado, que nos caiu na vida, que não nos perdoa os erros, esse tempo infinitamente passado e infinitamente futuro, sem que nos desprendamos das coisas que achamos importantes mas que na realidade nada valem? Não há libertação nas coisas que nos amarram e que julgamos ser nossa obrigação continuar amarrados, viver é procurar ultrapassar a metafísica do dever para com os outros e para com todas as coisas.***
***Inspirado em Nietzche
Uma pedra atirada ao lago
Uma ondulação que se vai desfazendo
Quem não gostaria que essa ondulação ficasse ali...para sempre?
A recordar a mão que atirou a pedra...
A imortalizar o momento em que a alma se desfez em água...
Escrevo sobre o silêncio que se esconde por detrás de cada rosto
Procuro a palavra que torna o espanto num lugar fatal
Carrego um manto feito de naufrágios
Carrego uma página afogueada pelos presságios que desconheço
Cuspo fogo...toco na areia com os meus dedos cegos
Conheço a fórmula das sibilações constantes no vento
Durmo na liturgia das algas
Como um parágrafo negro coroado por crepúsculos
Afogam-se em mim todos os destinos
Sou a dissonância aflita das tempestades
E se um dia dançar ao ritmo dos sóis...
É porque enlouqueci...