Se um dia dançar ao ritmo dos sóis...
Escrevo sobre o silêncio que se esconde por detrás de cada rosto
Procuro a palavra que torna o espanto num lugar fatal
Carrego um manto feito de naufrágios
Carrego uma página afogueada pelos presságios que desconheço
Cuspo fogo...toco na areia com os meus dedos cegos
Conheço a fórmula das sibilações constantes no vento
Durmo na liturgia das algas
Como um parágrafo negro coroado por crepúsculos
Afogam-se em mim todos os destinos
Sou a dissonância aflita das tempestades
E se um dia dançar ao ritmo dos sóis...
É porque enlouqueci...