Olhamos apenas a superfície das coisas.
Olhamos apenas a superfície das coisas...para nos defendermos da angústia de pensar que há uma profundidade escondida em cada dia...
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Olhamos apenas a superfície das coisas...para nos defendermos da angústia de pensar que há uma profundidade escondida em cada dia...
Não é com campanhas de sensibilização que se elimina a utilização do plástico...é com a proibição total do seu uso...
Nasce em nós um grito...uma fome de ser gente e prata
Vemos um deus em cada estrela...uma esperança em cada brilho
E procuramos nos fragmentos da nossa alma
A comunhão com as coisas que se dispersam na espuma incandescente da noite.
Desapertamos laços...
Corremos como corpos obrigados a ser reflexo de luas desconhecidas
O que está dentro de nós é uma fluorescência de firmamentos inacabados
Perante a dura realidade da morte...nada mais queremos que a eternidade
Perguntamos ao silêncio pelos gestos que nos possam salvar
Erguemos as mãos numa prece que nos interroga
Sabemos que da nossa combustão sairá a resposta para o sem sentido
E que da multiplicação dos olhares o mar cairá dentro de nós
Como um tudo...como um nada...
Como um ponto que intervala o horizonte que não vemos
Com o breve instante em que nos levantamos
E descobrimos que estamos sós...
Com a nossa fome de eternidade!