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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cabines nas ruas para os fumadores, SIM ou não?

 

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É frequente vermos à porta,( ou perto dela), de um qualquer café ou bar, o chão cravejado de pontas de cigarro. As pessoas atiram as beatas para o chão como se fossem donas do espaço público, como se não estivessem as conspurcar um espaço que é de todos. Sou um defensor das liberdades, mas acho que se deveriam criar locais fechados, (tipo cabines) , nas ruas, onde as pessoas fossem obrigadas a ir para lá fumar e deixar as suas pontas de cigarros. Claro que me irão dizer que isto é discriminatório dos direitos de cada um poder fumar onde lhe apetecer, mas o fumo e as beatas atiradas ao chão não são também atentados contra o direito das outras pessoas terem espaços limpos e sem poluição tabágica? É verdade que a nossa liberdade começa onde acaba a dos outros, mas todas as acções que perturbem o bem-estar dos outros, devem ter locais próprios para se realizarem. Acabo com uma pergunta, o que é que é mais grave, um tipo ser discriminado por prejudicar o meu bem-estar, ou eu ser discriminado pelo tipo que prejudica o meu bem-estar?

 

 

 

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Adormeço..

Adormeço...como se riscasse de mim o frio dos dias

Escrevo..entre o espaço que invento e o pássaro que me sobrevoa

Invento...quimeras...deuses e destinos

E penso...na consumição de um tempo arrancado ao pântano

Sei que os vermes habitam na voz esfaimada dos silêncios

Era bom que dos labirintos se erguessem almas e rostos

Que dos corpos saíssem risos de borboletas em casulo

Relógios de ponteiros oblíquos traçam rotas em vidas sem vida

Do espaçoso horizonte erguem-se as asas atónitas de um tempo que não floriu

A morte é uma cidade velha...a vida um campo proibido

Fica a seda do inverno a camuflar os nossos passos

Fica o correr da água que desliza pelos cristais húmidos das flores

Na penumbra desenhamos repetidas ansiedades

Na chama...queimamos a lama que cobre as horas

Sem tempo...sem cidades...sem relógios

Assim os esvaímos...