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folhasdeluar

Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

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Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

Infinito...

 

Quando eu souber que é na minha pele que descansa o frio que me envolve

Que os meus pés pisam o fundo das sombras e os morros do mar

Que o luar vibra com a tristeza dos pássaros

Então...espreitarei o fundo de mim perante o cansaço das flores

Tecerei longos mantos com os débeis fios da aurora

Cobrirei o meu esquecimento das coisas com a bruma espessa da infância

Vestirei a minha vigília com a chama de um tempo apagado

E por entre o espaço e o cansaço que me resta

Viverei...como um império de sorridentes ventos

Como uma dança que volteia na imobilidade das chamas

Queimando os dias... queimando as pontes que não posso atravessar

Queimando o mundo e o convés dos instantes que se prendem a mim como faróis

E são esboços de linhas rectas...

Ocasos de silêncios que rolam pela superfície das prisões que me cercam

Que eu atei a mim...como sombras...como barcos...como nós que não desato

Como mirantes de vidas passageiras que desaguam em rios de águas desconhecidas

Náufrago de silêncios....brancura de deuses assentes em estepes desertas

Desfaço-me em grãos de areia que rolam pela minha ansiedade

Como sonhos..como crinas...como sepulturas de almas envoltas em finas asas de cristal

Que assim se vão....de névoa em névoa...de mundo em mundo...

Como mistérios colados aos claustros loucos das catedrais

Como vibrantes e voláteis desejos de eternidade

Como marcas de passos deixados na planície melancolicamente branca

Onde vibro...no fascínio de ser indeterminadamente... corpo que  canta...

Ao infinito...

 

 

Pequenos gestos que engrandecem um homem...

 

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Lima de Faria com 97 anos, cientista português a residir na Suécia, desenvolveu uma teoria que contraria a teoria darwiniana sobre a evolução das espécies, deu-nos alguns exemplos, que agora reproduzo, sobre o que é um grande homem.

 

Quando lhe disseram, por exemplo, que queriam dar o seu nome ao agrupamento de escolas de Cantanhede impôs três condições. Queria que os meninos fossem um dia assistir ao nascer do sol, que tivessem um outro dia dedicado apenas a apanhar minhocas e andar na natureza e que fosse reservado um outro dia ainda para distribuir rebuçados aos alunos. Infelizmente, os pedidos acabaram por nunca ser acatados. “Há sempre uma desculpa.”****

 

Quando lhe disseram que queriam dar o seu nome a uma rua de Cantanhede recusou a homenagem que lhe pareceu uma “coisa altamente estéril” e fez uma contraposta. Preferia que fosse criado um prémio para os melhores alunos do 12ºano. Ficou estipulado que o prémio seria de 750 euros e, mais uma vez, António Lima de Faria tinha condições. Desta vez era só uma: “Um prémio para dar ao melhor aluno no fim do ensino secundário, para rapazes e raparigas, e que fosse dado sem obrigação. Fizessem o que quisessem ao dinheiro, isso era obrigatório.”***

 

Eis alguns dos seus pensamentos:

 

“Sê autêntico. O importante é fazer um trabalho sério. Só o trabalho sério é que perdura.”***

 

Os grandes rios são criados pelos pequenos afluentes.”***

 

A maior mentira não é a que está escrita...é aquela que nunca se escreveu...porque é essa, que pela omissão, permite a manipulação das pessoas...é esse  filtrar permanente da informação que permite que se enganem as pessoas.****

 

****textos tirados do jornal público...