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folhasdeluar

Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

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Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

Razões desconhecidas...

 

Pela garganta dos dias escoa-se a voz do mar

O vento tece deuses na ondulação dos cabelos

Digo-te que as minhas nãos agarram as miragens

E pegam na sombra do mundo com a mesma fé com que nasci

Secretas fontes escorrem onde o tempo não passa

Inertes os braços...vazios os frios...

O tempo divide-se entre uma estátua cega e um claustro devorado pelo boiar das luzes

Todas as indecisões se erguem do fundo das imagens coladas ao poente

Todas as vontades se dividem numa beleza de ondas cadentes...insólitas

Podemos criar um rio com as frestas do nosso sangue

Podemos criar um vento e espalhá-lo pela lembrança de um nome

Podemos até...criar uma injustiça e um nojo

E buscar na face distante dos outros a linha imaginária que não nos leva a lado nenhum

Mas procuramos sempre a linha que nos divide

Na madrugada que nos lavará da perdição dos astros.

 

Obscuras cidades tecem brancas lendas

Belas palavras constroem mundos de angústia

Outras...são apenas gestos de sílabas atónitas

Que se encostam à noite...como primaveras...

Ou como razões desconhecidas...

 

A filosofia existe porque ao homem não lhe basta viver a vida

A filosofia existe porque ao homem não lhe basta viver a vida, por isso, foi preciso inventar algo que lhe explique a realidade, ou as várias realidades. É pois, fundamental, que a filosofia traduza as impressões em sentimentos, e a consciência em pensamentos. Fazendo com que a realidade,  perca o carácter de ilusão e se transforme em objecto do nosso sentimento.

Uma senhora muito radical...

Um dia,quando entrei  no comboio,só havia um lugar disponível, ao lado desse lugar estava sentada uma senhora.Essa senhora tinha colocado uma mala de viagem, pequena, tipo mala de cabine, em cima desse lugar.  Como não havia outro sítio onde me pudesse sentar,e a minha viagem demoraria cerca de uma hora, pedi à senhora para tirar a mala do assento, para que eu pudesse ocupar o lugar. A princípio a senhora negou-se a tirá-la, e lá tive de lhe explicar que os bancos são para as pessoas se sentarem, e não são para colocar a bagagem. Ela, muito revoltada, levantou-se e disse para que todos os outros passageiros ouvissem,( pensando, certamente, que se me fizesse passar por mal-educado), eu desistia do lugar: - Então  se pensa assim, sente-se o senhor no meu lugar que a mala fica onde está...e eu assim fiz, sentei-me no lugar dela. E lá fizemos a viagem os dois, ela em pé, eu sentado, e a mala dela "sentada" ao meu lado.