Ao fim do dia...
Grande será o dia em que eu erguer a face
E contemplar essa comprida esteira de luz que se ergue entre mim e a paisagem
Se o sentimento for demais para mim
Se for maior que aquilo que possa suportar
Então talvez eu me encha de pasmo como um coração que descansa num ritual de paz
Todos os desesperos são apenas frutos que caem da vida
Todos os temores são razões sem razão nem forma
Mas há um brilho em cada palavra
Há uma letra em cada estremecimento do corpo
Que nos faz erguer os olhos cheios de surpresa
E acreditar...que o tempo é um sudário terno
Onde embrulhamos a nossa alma
Como se fosse um aconchega de mãe...ao fim do dia...