Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

folhasdeluar

Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

folhasdeluar

Uma coisa é uma explicabilidade inexplicável...Hugo von Hofmannsthal

O darwinismo social

A notícia do dia é que há em Portugal cerca de 2 milhões de pobres. Chegou-se à conclusão, de que já não basta ter emprego para se sair da pobreza, porque os ordenados miseráveis que muitas pessoas ganham não lhes chegam para cobrir as necessidades mais básicas. Perante esta situação que fazer? A Noruega está a pôr em prática um subsídio à família, que permite que todas as famílias tenham um rendimento suficiente para viver com dignidade, claro que já sabemos que a Noruega é um país rico, mas, penso que isso seria possível fazer em Portugal. E como é que se criava esta ajuda às pessoas mais desfavorecidas? Talvez fosse mais interessante ajudar quem não tem rendimentos suficientes, canalizando a miríade de ajudas e subsídios, que agora se dão para as mais diversa coisas transformando-as num só subsídio. Por exemplo, se perguntarmos a uma família pobre se quer manuais escolares gratuitos, (gratuitidade que é para todos, ricos e pobres), ou prefere um subsídio que lhe permita equilibrar o orçamento familiar, tenho a certeza de que essa família iria preferir o subsídio. Há outra coisa que se chama a mentalidade liberal, essa mentalidade que promove o darwinismo social e que está na moda, tem que ser modificada, esta coisa de se pensar que os pobres são pobres porque querem é um bocado aterradora. Por outro lado, não vemos nem partidos políticos, nem governos, nem sindicatos a lutar por uma verdadeira solução de combate à pobreza, se todas essas instituições se empenhassem em criar soluções para esse combate, como se empenham nos aumentos para os funcionários públicos,( que não têm culpa desta situação), talvez já se tivesse encontrado uma solução.

 

Encerrar as contas..

 

Encerrar as contas...procurar no tempo a eternidade

Construir breves formas...esquecer a carícia das saudades

É isso que chamo...incendiar as flores...renascer noutro caminho...ocupar o espaço

 

Sob um céu de luz...os grãos de areia luzem nos sorrisos

Sob a mesma espera...quebra-se o sol...de mansinho

E os búzios...olham-me...como feiticeiros da extensão plana dos sonhos

Que me ligam ao mar...

 

Corpo a mover-se....pluma de pele e ossos a ressaltar nas ruas

Entrelaças a alma em amarras que inventas

Despes-te das feras que se acumulam em ti

Transcendes o impossível véu da noite...

 

Acumulas em ti as ervas...as veias...as esperas

És o alimento da luz...a pétala estalada...bela....deslumbrada

Prometeste construir um enredo de silêncios...inteiro...rosáceo...

Mas apenas fizeste com que os astros caíssem na lama

Rasgaste a vida...receaste a plenitude dos barcos...ficaste...

E já não ousas erguer os olhos para a beleza dos malmequeres...

Lembras-te da espuma a desfazer-se?...como tu...