Queda
Pequenos barcos de papel...pequenos dedos a revolver o horizonte
Nos silêncios semeados pelo eco da dúvida
Uma alma gira...sôfrega de tanto girar...
Empresta-me essa asa que mansamente me afaga
Ergo-me como um sopro desenhado pela luz
E caio...redimido numa concha de fogo...
Quebradiço encanto que se suspende nos meus olhos
Desconhecida palavra que revolteia no segredo da tarde
Quantos sonhos emergem do obscuro nada?
Quantos nadas emergem do obscuro sonho?
Quantas vidas se calam na treva do passado?
E quantos homens se erguem na decapitação dos dias?