Tenho a sombra das cores
E quando entro no coração das pedras...ergo o punho
E digo...
Por muito que a minha alma se assombre...
Nunca eu a poderei assombrar...
Porque ela tomba numa noite larga e num céu de estanho
Levando consigo as mesmas flores que me cativam
Enquanto eu... me rio do misticismo dos olhares.
Se digo que me compreendo...é porque de mim nada sei
Se absorvo as palavras dos filósofos...é porque vivo dentro de um êxtase
Se os rios me lavam...também as mãos me sentem...
E eu...sou só um....
Tudo desaparece e tudo se vê
Entre o abrir de uma janela e o desabitar das tardes
Erguem-se as recordações...alastram os desejos
E cada um é como um pedido de amor...
A desvanecer-se na soalheira varanda...
Da alma!