Gelo...
Crisálida tardia...afago de tarde irreal
Doirado gelo a desencantar mundos
A fome dos olhos afaga a inutilidade da carne.
O bolor dos musgos engana a morte
E eu pergunto-me...
Por onde esvoaça a efemeridade da alma?
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Crisálida tardia...afago de tarde irreal
Doirado gelo a desencantar mundos
A fome dos olhos afaga a inutilidade da carne.
O bolor dos musgos engana a morte
E eu pergunto-me...
Por onde esvoaça a efemeridade da alma?
Não sei que rostos me esperam por detrás do espelho
Não sei que sombras se movem por detrás dos rostos
Mas sei que avanço seduzido por uma esperança
Que cai de cada fechadura que se abre na noite.
E depois posso fingir que uma dor me desliza pelas artérias
Posso caminhar numa rua de xisto e desabotoar as lágrimas
E posso esquecer as plateias para quem represento
Uma farsa...disfarçada de mim.
Mesmo que acorde para a efemeridade do silêncio
Mesmo que em mim vibre a cegueira dos incrédulos
Mesmo que um verniz de seda me cubra os desencantos
Vou sempre estender os braços...e abraçar...
A escuridão...
No filtro das palavras descubro o misticismo etéreo da vida
E na imortalidade do sol...uma sombra de ouro...
Cobre-me os dias... avançando sempre em direcção...
Às minhas desoras...como um bafo de luz que desaba nos meus...
Abismos...