A desafiar destinos...
Nos passos povoados de enigmas
Mora a poeira de um tempo espectral
Silêncios desintegrados...entrecortados por carícias de mar
Anos que brincam nos meus olhos...como meninos de rua
A desafiar destinos...
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Nos passos povoados de enigmas
Mora a poeira de um tempo espectral
Silêncios desintegrados...entrecortados por carícias de mar
Anos que brincam nos meus olhos...como meninos de rua
A desafiar destinos...
Desprezar o tempo...morar muito para além das coisas
Sentir no aroma das recordações...os risos
Que o luar ainda me trás....
O primeiro artigo da constituição devia ser o do estado ter como principal obrigação proporcionar felicidade aos cidadãos.
Acho que o nível de desenvolvimento de um país devia ser medido pelo seu nível de felicidade, e não pelo seu desenvolvimento económico. É o chamado PIB da felicidade, que o pequeno Reino do Butão pôe em prática.
Dias coloridos...prateados...pintados com a liberdade de percorrer as ruas
Tela de tardes e horas cinzentas
Tela recriada em jardins de silêncio... onde caramanchões de tímidos desabafos
Se desprendem das minhas mãos...
Figuras e figuras de passos perdidos...desencontrados...sépias de vida
As coisas não têm nome
São aves que flutuam na imaginação das tardes
Hoje a madrugada terá outra cor
Será seca como uma folha que flutua na penumbra
Que dirá aquele pássaro que vem comer ao prato que está no muro?
Que sabor terá o lento debicar do pão?
Ele que não pensa na contingência do tempo
Ele que não se assusta com a intemporalidade
Come com gosto o que lhe dou
E nada mais...e espera...como eu
Que na romanzeira nasçam as flores...
E eu me afunde na sombra dos teus olhos...
Aqui ou em qualquer hora
Fincados na lama os pés escrevem poemas
São marcas de emoções a adubar a terra
São partidas do destino a descobrir estátuas
Que o vento seca...num silêncio de estrada abandonada
Resta-nos que os desertos se ergam...e calem...
O que lhes vai na alma...
Os risos enchem a distância
Os risos são o volume do espaço a ecoar na garganta
São ilhas a invocar crepúsculos
São a alegria de uma rua a brincar com as crianças
São o desabar...das sombras...
O tempo desfaz-se em tiras...desgastado pelo passado
Cobra-nos o presente...