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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Valha-nos Nosso Senhor...o SNS...

O hospital CUF Descobertas está a cobrar 10 euros( houve casos em que cobraram 25 euros), aos doentes; corrijo, clientes; pelo material de protecção utilizado pelos médicos. Material esse que não é descartado, ou seja, o cliente paga e o médico utiliza o mesmo material ( foi o que disse na TV quem passou por esta situação), com os clientes seguintes. Este é apenas um pequeno/grande exemplo do que seria o futuro da saúde em Portugal, se fosse feita a vontade da direita e dos liberais. Acabar com o SNS.

 

Outro aproveitamento não por parte dos clientes dos hospitais privados, mas dos próprios hospitais, era que quem se dirigisse a essas instituições,( a título particular) por causa do covid, mesmo possuindo seguro de saúde, ( é claro que quem lá vai possui seguro de saúde), se acusasse positivo ao vírus, quem pagava era o SNS. Também é claro que a ministra da saúde fez um enorme manguito aos privados. O SNS paga a quem for para lá enviado através da saúde 24.

 

São apenas dois pequenos, (mas enormes no entendimento do que nos esperaria se o SNS acabasse), exemplos, da voracidade dos privados se possuíssem todo o poder de tratamento da saúde dos portugueses.

 

 

Sabemos que os hospitais privados têm como objectivo, lícito e não condenável, o lucro. E sabemos que quem zela pelo nosso bem-estar, é o SNS e os heróis que lá trabalham, desde os auxiliares, enfermeiros, médicos e outros assistentes.

Janela...

O meu olhar poisa suavemente sobre ti

Brinca com o teu rosto junto à janela da tarde

Onde as tuas faces macias como penas...correm e riem transparentes...

Reparo que também tu és uma nuvem...

Que ambos pairamos sobre o desejo...como fumo ao cair da tarde

Que nos saudamos de uma janela distante...como um mastro no horizonte

Ou como uma prece peregrinando pela álea deserta de um bosque

E...que não existe um país que nos contenha

Não existe uma estrada que nos leve

Não existe um ar que respiremos...juntos...

Que não existe forno nem forma ...onde ardamos...

Imolação...

Esvoaçam em meu redor carícias perfumadas por prazeres cruéis

Prazeres lançados como açoites sobre frias recordações....

Sagradamente obscenas...

As horas dormem...clarividentes... sem remorsos...no teu regaço

E eu...sou um fantasma que te visita...de olhos fechados...

E me imolo... rodeado pelo teu fogo...

A ordem das coisas...

 

Existe na ordem das coisas...um fim sem começo e um começo sem fim. Tudo gira no mar Universal. Tudo caminha em redor de um sentido. O céu não tem pressa. Somos vizinhos do delírio e do infinito. Tudo está ligado a um caminho que nunca começa e nunca acaba. A forma das coisas é apenas uma fantasia. O rugido da corrente é apenas água. Tudo está para além do nosso olhar. Todo o olhar está para além. Tudo roda. Vimos de onde não viemos. Vamos para onde não iremos. Sorrimos ao raio de sol que nos atravessa a pele. Buscamos o pacífico sonho do céu. O universo é um suspiro. O mar um exemplo. Quando mais ambição menos claridade. Quanto menos claridade mais admiração pela luz. Saber é não saber. Fugir é ficar. Eterna é a nossa busca. Eterno é o nosso destino. Somos iguais à luz. Somos irmãos da sombra. Vivemos na grande ilusão de nos unirmos ao desconhecido. Somos e seremos desconhecidos. Procuramos a palavra que nos irá libertar. Mas não somos prisioneiros. Somos apenas fantasia.

Consumição

Renovado  dia em que a idade se desagrega nas sombras cavernais

Somos como vítimas comidas pelas horas...cruelmente desamparados...

E asfixiados pelo peso do olho Universal...

Somos como crianças sempre a tactear os lugares esconsos

Inflamamos as nossas consciências com fantasmas...

Porque é preciso honrar a nossa crueldade...e apaziguar os olhares...

Porque é preciso que o frio se entranhe nos nossos membros...

Porque é preciso que tremamos como a luz de uma vela...venerável...

E que nos renovemos nos dias...chama a chama...

E que ardamos...consumidos de vida...

Pureza...

Silêncio...espaço...

Riso aberto ao rufar dos dias

 

Fonte de flor branca a colher sorrisos

Aparência de peito largo a enlaçar sonhos

 

Chá quente de mãos

Coração de promessa cumprida...rama de mar e milagre

 

Brindemos ao ocaso dos corações atirados à corrente nua das ausências

Corramos por dentro das vestes negras dos sonhos espiados

Repitamos juntos as caminhadas pelos carreiros da tarde

Como se fôssemos florestas descendo por virginais ruas

 

Porque somos como puras plantas

Somos vestes de surpresas garridas

Enlaçamos as mãos na fonte do verde que nos cai da alma

Sentados a olhar as nossas pegadas que vibram no caminho do destino.

 

O 25 abril...

Como nada de muito importante(ironia) se está a passar na sociedade, os partidos da direita tiveram que arranjar um tema que os levasse a aparecer nos noticiários. Qual o tema? O mais banal possível. A falsa problemática das comemorações do 25 abril. Acha a direita que 130 pessoas no parlamento é muita gente. O curioso é que na semana passada na última sessão parlamentar, estiveram mais de 130 pessoas. É um facto que a direita está arredada das decisões políticas. É um facto que a direita está politicamente esvaziada. Costa e Marcelo não lhe dão espaço. Então, o que é que lhes resta? Arranjar um falso problema! Criar uma diversão. Pôr-se em bicos de pés. Querer mostrar que o governo e o presidente fazem o contrário do que querem que os portugueses façam. Afinal o que é que eles querem demonstrar? Nada! Tudo isto é vazio. Tudo isto é a demonstração de que a direita,( pobre CDS que tão bons políticos tiveste, agora estás a ser comandado por inexperientes jovens), não tem nada a oferecer aos portugueses. A não ser a confusão. Termino com uma pergunta. Os convidados podem ou não podem recusar-se a ir às comemorações? Claro que podem! O 25 abril comemora a liberdade. A liberdade de dizer que não...se assim o desejarmos. E a de dizer que sim...se assim o quisermos. A verdade é que a direita, (esta direita), vive num outro tempo, e não aceita o 25 abril.

Ontem...

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Ontem...a minha janela mostrou-me o arco-íris. Ontem vi a tranquilidade. Vi a verdade. Ontem vi tudo aquilo que não sabia dizer. Uma violência de beleza a entrar pelos meus olhos. Ao longe..o Tejo e os flamingos. A desordem dos dias espelhada na chuva. A ordem dos dias espelhada na natureza. Olhei...sorri...abri a janela. Senti o vento. Alguma coisa me disse que tudo se renova. Que a esperança não pode ser um passageiro clandestino da vida. Que tudo começa na tranquilidade da chuva. Que a hierarquia do mundo é uma porta secreta. Que precisamos serenamente...abrir!

Vem aí o tempo do Homem...

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(os Himalaias, sem poluição, tudo "graças" ao covide)

Não temos qualquer problema em ver os países a atuarem como participantes do mercado, se tal for necessário, caso queiram ficar com ações de uma empresa, se a quiserem proteger de uma aquisição”, afirmou a vice-presidente da Comissão Europeia e comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager

 

Agora já mudaram a “agulha”, até aqui os estados não podiam adquirir participações em empresas. Parece que esta crise já começa a mudar as mentalidades. Parece que os absurdos que até agora existiram podem ser alvo de correcção. Temos o nosso exemplo, em que entregámos quase de borla ao estado chinês, a nossa Rede Eléctrica Nacional, e a EDP Distribuição porque pelas leis da UE, o estado português não podia ser acionista delas. Quer dizer o estado português não podia, o estado chinês pode. É por causa de leis como esta e também pela ganância, que hoje estamos na mão da china em termos industriais. E quando digo nós não falo apenas de Portugal, falo de quase todo o mundo.

 

 

Por muito dolorosa que esta pandemia(será que podemos dizer que isto é a revolta da natureza?), esteja a ser, a verdade, é que o mundo estava a “precisar” que algo como isto viesse a acontecer. Esperemos que isto nos ajude a voltar a página. Da deslocalização de empresas. Da poluição. Do teletrabalho. Da solidariedade entre povos e nações. Que nos ajude a revolucionar o ensino. A educar as pessoas, lembrando-as que estamos todos ligados. Hoje vemos que a poluição desapareceu de sítios onde dantes só se via um fumo espesso. É o caso da foto, onde dantes tudo estava tapado com fumo, agora podem-se observar os Himalaias. Acontece o mesmo em Paris. Em Lisboa. E um pouco por todo o mundo. É tempo de repensar o mundo. É tempo de repensar a sociedade. O capitalismo tal como o conhecemos, espero eu, tem os dias contados. Uma nova era terá que surgir deste tempo de cinzas. É o tempo da Fénix. É o tempo do Homem.