Volto hoje ao tema, pandemias que assolaram o mundo, para lembrar que já neste século tivemos uma pandemia, ( a gripe A) provocada pelo vírus H1N1. Será que aprendemos alguma coisa? Veremos!
Foi em abril de 2009 que a uma criança mexicana, Edgar Hernandez, de cinco anos, foi identificado a nível mundial o primeiro caso de uma infecção pelo vírus da gripe A.
Por ter começado no México, a doença foi inicialmente conhecida pela «gripe mexicana» e também como «gripe suína» porque afectou pessoas que estiveram em contacto com porcos doentes. O aparecimento de focos simultâneos em vários outros países, levou ao abandono dessa designação. O nome que acabou por ficar – gripe A – identifica a doença com o subtipo (A), que apresenta uma combinação de genes das variantes humana, aviária e suína.
A 11 julho a OMS declarou a gripe A « a primeira pandemia do século». Em apenas seis semanas, o vírus espalhou-se por todo o planeta., uma propagação que anteriores pandemias tinham precisado de seis meses.
Os sintomas incluíam febres altas,(superiores a 38 graus), tosse, dores de garganta, nariz entupido, dores musculares,arrepios, fadiga e em alguns casos diarreia e vómitos.
O vírus chegou a Portugal a 4 maio de 2009, mas o número de infecções só disparou em junho. O Ministério da Saúde começou a divulgar relatórios semanais com o ponto da situação, e fê-lo durante 59 semanas,( perante esta pandemia já podemos ter uma ideia do que podemos contar em termos temporais). Em Portugal morreram 106 pessoas vítimas do H1N1.
A contensão da gripe ficou a dever-se à rápida reacção das autoridades de saúde, que tomaram medidas preventivas. Foi utilizado o medicamento Tamiflu e constituídas reservas estratégicas desse medicamento em todos os países desenvolvidos. Também foram distribuídos kits de prevenção para a gripe contendo - máscaras, gel líquido e toalhetes desinfectantes – em escolas, hospitais, centros de saúde e empresas privadas. (Parece-me que em comparação com a actual pandemia algo foi agora esquecido, designadamente a obrigação de usar a máscara).
Para terminar temos as vozes críticas que no período pós-pandemia, acusaram a OMS e as autoridades de saúde nacionais e internacionais, de terem exagerado o perigo e espalhado o medo e a confusão.
(Será que a OMS teve novamente medo de espalhar o medo e a confusão? Não vale mais prevenir, mesmo espalhando o medo, que dizer que o perigo não é real?)
A própria OMS fez fez um inquérito para saber se tinha assustado desnecessariamente as pessoas.****
É o tal ditado...preso por ter cão...
**** Baseado no livro de João Ferreira - Histórias Bizarras de um Mundo Absurdo