Rockin' in the Free World
O GRANDE Neil Young (tão actual)
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O GRANDE Neil Young (tão actual)
Não há pior homem que o homem de bem...pois foi por causa do que alguns acharam ser o bem que foram cometidos os maiores genocídios. *** Leandro Karnal
Que sombras restarão de mim quando a lama comer a minha alma?
Que flores inocentes florirão sobre os meus cabelos de prata?
Que vaidades a vida fará perante a maré ...cheia de lua...mas vazia de mim...
E os afectuosos espetáculos matinais esperarão pelo sol?
E os desejos..doces...perturbadores...ficarão a pairar nas alegrias
Ou nas copas das árvores prostradas pela secura das lágrimas?
Diz-me secreto grito aspirado pelas minhas profundezas
Responde-me obscuro sonho de liberdade...
Veste o teu vestido...deslumbra-me...
Porque eu sei que a manhã com os seus profundos tons laranja
Virá assediar-me a abandonar este encantamento...caprichoso...
De onde não pretendo sair...
E como hoje é sexta-feira...deixo-vos aqui sete minutos de partilha.
Querem saber de onde provém o nome das máquinas fotográficas Canon? Querem saber qual o significado de Canon? Olhem que não é máquina fotográfica.
Temos que olhar cada ser humano como se ele estivesse nu. É que nus...os seres humanos são todos iguais. Temos que olhar cada ser humano como se ele estivesse nu. É que nus...os seres humanos são todos diferentes. Temos que olhar cada ser humano com os nossos olhos nus. Só o olhar despido de preconceitos pode ver a igualdade que há na diferença entre cada ser humano. Cada ser humano tem uma vida. A vida é comum a todos os seres. Mas os humanos têm mais que a vida. Têm o conhecimento de que a vivem. Despir os seres humanos é ver apenas a beleza do ser. É ver o que é intrínseco. É ver o interior da vida. Olhar um ser humano com olhos despidos é compreender que ninguém é mais humano que o outro. Que ninguém tem mais poder sobre a vida que o outro. A vida é soberana. Mas a vida é também a morte. É por isso que precisamos despir-nos do nosso olhar cheio de dogmas. Do nosso olhar que diferencia quem tem mais do que quem tem menos. Que diferencia através da crítica o outro. O outro é o outro. Com todos os defeitos que nós também temos. Olhar o ser humano com os olhos despidos é perceber que nada tem importância. Que nada é realmente importante. Que só é importante reconhecer no outro a nossa própria essência...de ser humano.
Olha-te aí sentado. Entregando-te aos espaços que ficam entre ti e os outros. Quem és tu. Estátua? Vitral? Que criança puxa a tua fralda da camisa? Amas! Entregas-te! Ressuscitas a cada desilusão. És aquele que vai partindo. Que vai cruzando o rio. És o indestrutível plural de ti próprio. Confessa. Gostas de poesia. Estás vivo. Desiludes os outros. Mas estás vivo. És um cometa de riso. Que farás com a tua pele quando ela se arrepiar? Que farás? Ficarás sentado a jogar às fábulas de amor? Sentirás aqueles que amas como um prolongamento de ti? Sentirás! Porque és corda. Nó de marinheiro. Fastio. Atarás os teus braços à cratera que existe em ti. Devolverás todos os sorrisos como quem já aqui não está. Agudo é o frio que te tira a razão. Raso é o muro que te divide dos outros. Senta-te. Espera. Sente o perigo. A vida sem morte é um seixo sem praia para o arredondar. É uma rua desabitada. Um dia pisarás essa chapa com o teu nome gravado. Nesse mesmo dia...serás esquecido.
Luzes profundas iluminam os ermos onde passamos
Lugares onde vivem as coisas...transparentes... como flores sem seiva
E onde os gritos que damos...mudos... não ecoam para além de nós
Entras em mim como uma noite esgotada...
Sou um pobre cavalgando uma onda fugaz...hesitante...como uma corda bamba...
Cansado de ver... de olhos fechados...e de tantos equilíbrios precários
Que se abrem em breves portas... onde se abraçam mulheres e se beijam cabelos...
Tivesse eu uma voz forte...e tu estarias à janela...
Tivesse eu um riso ligeiro...e tu dançarias... com a tua meiguice encostada a mim
Fosse eu um vidente desenfreado... e rolaríamos nos campos doirados
Mas...sou um fogo silencioso...que arde...
Sem tu dares pela minha falta...
Como está a chegar o fim-de-semana, e como há algum tempinho livre, deixo aqui uma pequena palestra que se tiverem a paciência de ouvir, irão aprender muito do que se passa no nosso interior.
Partindo da frase de Sarte " o nosso inferno são os outros", aqui se desenvolve a consciência de que o nosso inferno somos nós. Espero que gostem...se tiverem a curiosidade de querer saber quem são. Bom fim-de-semana
P.S. - eu sei que quase ninguém tem paciência para se concentrar e ouvir uma palestra (uns acham que é perder tempo), mais de dois minutos. Essa falta de "tempo" que muitos pensam que é...faz parte do inferno de cada um.
Meu luminoso astro feito de luas entrançadas
Terra magra aberta ao cio... carta magna... navio
Quem nos liberta do frio?
O amor....
Amor que gira na surpresa dos astros
Amor que o mar cala de tanto calar
Amor de de tantas cores... de tantas arestas
Universo de barcos e velas a revoltear nas índias
Amor de um além azul-escuro... bravio sal de flores ensonadas
Amor de luz... de hálito a campo molhado.
Quem se lembra da medida da escuridão quando o amor se esvai?
Quem sabe quais são as flores que nascem num sentir seco?
Quem conhece a densidade de um sentimento
Sabe que o amor é o instante exacto e puro...
Onde o tempo deixa de existir.
Matagais ácidos invadem o meu sonho vegetal
Corre-me no sangue a asfixia de uma insónia
Volto ao tempo das tímidas noites
Sonoras gargalhadas ardem na imensidão de remotos beijos
Erguendo-se como vagas atlânticas...inexplicáveis.
Medo e gritos dobram-se sobre a minha pele seca
Os dedos crescem em desejos de quartzo alucinante
Partir é mais que um tempo... partir é mais que uma memória
Partir é arder na teia do momento em que já não somos mais que um muro sem retorno
Penas de fogo e solene calcário que corrói a ira das sombras
Como se o sangue revelasse ser mais que eu...mais que a viagem ancestral
Muito mais que um tempo passado onde brota o instante em que nasci
Como um fogo que me mostra o rasto de uma procura sem destino.