I
A viagem começa sempre nos nossos pés.
II
Todo o Homem é um fim e um começo...e nada mais é... que um caos inexplorado...sempre sedento de si...
III
A poesia é o real transformado em belo...
IV
Quando submergires na noite...recorda-te que a manhã trás a neblina do dia desconhecido.
V
Olho as horas que correm sobre as pedras imóveis...
e nessa distância de mim...acredito que as palavras não sofrem...
VI
Gostamos de gostar e gostamos que gostem de nós. Mas todo o gostar pressupõe conhecer.
VII
O Homem é tal e qual uma árvore enxertada com diversas espécies de plantas
O tronco é um só...
Mas dos ramos nascem ideias como se o Homem fosse constituído
Por manhãs e noites onde as palavras adquirem o veludo do barro
Ou a aspereza de um desejo embutido num alvéolo de utopia.
VIII
Aquele que não ama...ignora o que é ser amado. Mas o que ama também ignora, porque nunca saberá qual a intensidade do amor que os outros sentem por si.
IX
Para se sentir a poesia é preciso lê-la em voz alta, dar-lhe a entoação correcta, construir cada frase dentro do espírito, não é preciso ser poeta...mas é preciso possuir a alma da poesia.
X
É o homem que constrói a sua realidade...dentro do sonho irreal que é a vida.