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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Não quero abrir os olhos

Cambaleio dentro de um sonho

Não quero abrir os olhos

Não quero ver o deserto

Prefiro a tarde junto à enseada

O sal que bebo desabrochou em milhentos lugares

A névoa refloriu

Deixa que me sente junto à tua pele

Para que despertem em mim flores apaziguadas

E as minhas saudades renasçam nas estrelícias doiradas

Como uma charneca onde o mar é um desejo

E a tua casa um caminho matinal

Que eu percorro como um Adamastor do silêncio...

Eternidade

Floresta..fonte...ínsua onde as conversas declinam

Lira melódica onde a carne se embebeda

A imperfeição é a semente das ternuras

A juventude uma embriaguês

Junto ao vento

A terra é a seara onde o sol se recompõe

A teia luminosa das palavras

É a corda por onde o suor escorre... lentamente..

A iconoclastia surda e muda das imagens

Embebeda as teias e as gotas translúcidas

Promessas...promessas e mitos

Sorrisos e escombros...fêmea e cântaro feito de sorrisos

Posso dizer-te que há jaulas nas luas

E que os lábios mendigam despojos de violinos

Pouco mais há a dizer..

Os palhaços enternecem

Derramam sonhos como anjos louros

Quem sabe se o desgaste dos dedos não virá de uma musa florida?

Se os desejos são a sobrevivência dos caminhos solitários

E os jardins são paredes onde a noite sonha com a monotonia dos dias

Possa eu tocar-te com a pontinha dos dedos

E tudo será eterno...