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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O dia folheia-se

Voltam os lugares

Lugares iguais a outros lugares

Lugares despidos... langorosos

Solfejo de marés e fios ruas vazias

O dia folheia-se

Observo o despertar esquivo dos rostos

Além está o abstrato

Aqui a distância que se apega à pele

Bebo a soma dos corredores

Pelas vozes perpassam cativeiros.

A ansiedade é uma luz..um patamar do existir

Uma nova forma de exortar os dias

A luz...esse soneto que se senta nos alicerces dos cegos

Esse sol ambíguo que se quebra se encontro às paredes caiadas

A luz está para além de todas as mortes

Dorme nas planícies

Desdobra as suas cores

Pelo chão feito de cantares límpidos

Asa de ave desprendendo-se do vácuo do silêncio

Perder-nos-emos junto à solidão

Alguém nos encontrará sôfregos e exaustos

Limparemos então as mãos aos nomes e aos rostos

Beberemos as sombras que descem dos tempos antigos

Daremos um salto em falso

Seremos um casario lento

Viveremos dentro de uma ânsia de rigor e estética celeste

Nos pátios...nas cidades

Ninguém restará para recolher os nossos passos

Acordaremos em todos os lugares

Nos mesmos onde dormem as praias...livres

Viveremos rente ao veludo do chão

Presos na voz adormecida dos pássaros

Abriremos as nossas cores

Seremos flores que olham cara a cara a brisa e o vento

Por fim..desceremos pelo cheiro extasiado do verão

Rumo a todos os rumos

Como se queimássemos a noite dentro

Dos nossos olhos...

Uma conta simples de fazer

À Ordem dos Médicos não interessa que haja mais médicos. A Ordem quer manter o actual estado de falta de médicos. A Ordem dos Médicos diz ( e com razão) que temos um dos maiores rácios de médicos por 100 000 habitantes a nível mundial, e que portanto não faltam médicos. Ora se pensarmos bem, este é um argumento falacioso, porque não interessa o rácio de médico/habitante, o que conta é o rácio de médico/hospital. É aqui que vive o busílis da questão. Se formamos o mesmo número de médicos que sempre formámos e temos número muito maior de hospitais (privados) a consumir médicos, é lógico que segundo as leis do mercado, irão faltar médicos em algum lado. Como aos privado interessa acabar com o SNS para ficar com todo o mercado da saúde, os privados pagam um ordenado muito superior aos médicos de forma a "secar" o SNS. Aqui há três coisas a fazer: pagar melhor aos médicos do SNS, demonstrar que as balelas da Ordem dos Médicos são só para manter a sua situação de domínio da saúde fazendo com que haja falta de médicos e por fim como é óbvio, formar mais médicos, mesmo recorrendo a universidades privadas.