Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cantos ambrosianos

Ainda a terra se agarrava às minhas mãos

E já sobre o meu corpo cavalgava o silêncio das salinas

Dos cascos do destino saía o amanhecer

Era o fim dos lugares obesos com a poeira das horas

Talvez os dias sejam cítricos nascimentos

Talvez se recostem nos leitos dos mares

Talvez procurem nos cadernos

As palavras doloridas de Éluard

E inventem nas insónias dos deuses

O cansaço que sentimos de esperar por nós

Veremos o lento azul da luz...o corpo irrevelado

Feito patamar de outra existência

No desconhecido abriremos chagas...planícies...ilhas

Então fecharemos os olhos

E imaginaremos corpos lindíssimos...geométricos

Cantos ambrosianos eclodirão nas cavernas

Recordarão que o tempo não tem medida

E que a grande página que nos cerca os dias

É feita de outra escrita...

De outro sinal...de outro trigo.