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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Os créditos e os depósitos a prazo

Sabemos que sempre que o BCE aumenta a taxa de juro, os bancos de forma automática, (respeitando os prazos), fazem o mesmo relativamente a quem tem créditos bancários. Contudo no que respeita aos depósitos a prazo, estamos num tempo em que se paga para ter lá o dinheiro, ou seja, os depósitos a prazo praticamente não têm remuneração. Isto significa que para além de pagarmos aos bancos, ainda estamos a perder dinheiro por causa da inflação. Na verdade ninguém é obrigado a ter o seu dinheiro no banco, mas vai pô-lo onde? No colchão como antigamente?

 

Em minha opinião, o BCE assim como sobe os juros do dinheiro que empresta aos bancos, deveria também obrigá-los a aumentar a remuneração dos depósitos a prazo, não é por acaso que a banco tem milhares de milhões de lucro e os pobres clientes, ( hoje já nem são clientes, uma vez uma bancária teve a “lata” de dizer a uma amiga minha que se não gostava da taxa de juro que o banco pagava 0,005 %, levasse o dinheiro para casa), hoje o cliente é apenas um pagador de manutenção de conta.

 

Na agonia da tarde

Na agonia da tarde

Um grito inventa os tentáculos do mundo

Mecânicos olhos...extensíssimas lágrimas

Estátuas de espelhos

Na mão da angústia erguem-se os códigos do passado

Na boca das múmias florescem átomos de maresia

São o filtro de tempo...paleolítico sangue

Sugamos as pérolas enredadas em espinhos

Falamos dos despojos da pele

Somos o refego dos dias

Encenado em cambiantes de cores frescas

Do hálito do sonho brota a insónia

Fátuos labirintos nascem na rubra manhã

O passado congelado em pedras sulfúricas

É uma solitária febre...um enjoo de guerras

Uma heresia de espaços

E um infinito que rasa os olhos

De água.