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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A secura dos dias

Quando os dias negros nos crestam a pele

Que arde na secura das horas

Quando vestimos fatos estranhos

Sobre o o nosso corpo adormecido

Quando o nosso espírito não repousa sobre um lençol de paz

Não há distâncias seguras entre nós e o mundo

Não há ruas nem olhos imóveis para nos curar

Somos apenas um palácio desocupado de alma

Somos anjos feitos prisioneiros

Com os ombros encolhidos pelas coisas penosas

Somos crianças na posição fetal

À espera da luz virginal

À espera da hora em que despertaremos de um sono

Como sonâmbulos sem sonhos

À espera de nos reconhecer-mos nas delirantes voltas dos dias

Como se fôssemos bons...e maus

E entrássemos num céu desgostoso

Onde as lajes frias nos recebem como convidados

Porque abandonámos a inocência

E nos tornámos sombrios...