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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Não me importam as palavras

Não me importam as palavras e as gentes

Não me importa o preço do destino

Também tu dor... pouco me importas

Já não existe o teu odor a terra húmida

Hoje sei que o ar leva a doçura do tempo

Que arde num lago de gelo

E que a pele é apenas uma fibra sem textura

Que segura o interior das vozes

Sábio é aquele que se move sem sentido

Que segura o marulhar da alma

Numa montanha tingida por um dia esférico

Que é como um sol

Que aquece serpentes num adocicado vómito

Arde o tempo...estrangula-nos a melancolia

E nós seguramos as cidades

Nas nossas mãos entrevadas de memórias

Páro...arrasto fragmentos de luzes esmagadas

E acho que nada vale a pena

Que tudo é uma indecisão penosa

Que as cidades são cascatas de sinais destroçados

E que não quero mais cheiros de memórias rançosas

A impregnar os meus dias que pendem sobre o rio

Como trevas flutuantes!