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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

As meninas da Universidade Nova de Lisboa praticam a segregação social

Inicio o ano de 2023, com uma critica social. Gostaria mais de iniciá-lo com um texto alegre, mas não posso deixar passar em branco, o desabafo de alguém que frequenta a Universidade Nova de Lisboa.

 

Sinto-me triste que nos dias de hoje exista numa das melhores universidades portuguesas, uma espécie de clubite social. E o mais caricato é que na era da comunicação, há alunas universitárias, altamente inteligentes e educadas, que se recusam a comunicar ou a cooperar, com outras alunas que não tenham as mesmas origens. Refiro-me à Universidade Nova de Lisboa e concretamente ao sector feminino.

A Universidade Nova de Lisboa é uma universidade elitista, não é por estar situada na zona de Cascais é porque as alunas fazem da sua pretensa origem superior, uma divisão de classes. Grande parte das meninas que frequentam a Nova ou vêm dos Salesianos ou do S. João de Brito, só para dar dois exemplos. Meninas inteligentes, educadas e com altas notas, mas declaradamente elitistas. Estas meninas, formam grupos fechados consoante o colégio de proveniência, e não têm sensibilidade para cooperar ou até conviver com outras raparigas que não pertençam ao clã. É muito difícil estudar numa universidade tão exigente sem se ter um grupo, já não digo de amigos, mas um grupo de entreajuda. E até parece mentira que ninguém se lembre que muitas raparigas se sentem desajustadas, principalmente quando passam do secundário de uma qualquer povoação do interior e desembocam naquele ambiente onde as classes sociais se separam por uma questão de estatuto. As meninas não compreendem que um dia terão que lidar com um alargado tipo de pessoas,e não vão passar a vida a conviver com o seu grupinho universitário. Nem percebem que podem alargar os seus horizontes ao conviver com colegas de diferentes estratos sociais. Penso mesmo que a reitoria deveria consciencializar todos os alunos e realizar um programa de boas-vindas aos entram pela primeira vez na universidade, para que as alunas/os se conheçam e quem chega se sinta acolhido. Não querendo copiar os americanos, mas há universidades na América, onde se realizam espectáculos de boas-vindas aos recém-chegados.

Curiosamente com os rapazes da Nova isto não acontece. Os rapazes socializam e não criam grupos, nem se separam por classes sociais.