Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Caixas de vida

Enchem-se os corpos de desenhos

Que vigiam os astros

Verga-se a vigília num sopro de vento

Transparecem estrelas sequiosas de luz

E os sonhos... são sereias húmidas

Que lêem os dias com sede de corpos rasgados

Imensas velas feitas com alucinações

Procuram as ilhas encantadas

Jangadas navegando em memórias carbonizadas

Sonhos de fotos apagadas

Caixas onde guardamos o frio de uma vertigem

Sede de velhice sobre águas paradas

Veleiros brancos bebendo absinto em garrafas embriagadas

Tudo cabe na palma da mão

Todos os países e todos os inchaço

Todas as facas e todos os lumes...tudo dá à costa

Inclinada...rochosa...batida por ventos

Que empurram os medos sobre a aragem fugidia

Peçonhenta teia de fumos brancos

É esse o tempo que demora a vida

Que cai num rosto que navega num golpe de mar...