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folhasdeluar

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Pássaro negro

Deito-me em estradas

Onde se perdem as memórias serpenteantes

Abraço o fim dos dias

E vomito todo o fogo que me segue.

Como um arauto de uma ópera

Sigo a minha própria obsessão..

Não tenho jarras comestíveis

Nem me ornamento com penas de pavão

Assumo todos os nomes que me quiserem dar

E dou uso a todos os objectos imprestáveis

Subo aos cumes das aldeias e invento dias circulares

Sou a explosão adocicada de uma meteórica alvorada

Uma escada para o delírio

Um patamar para a aurora

Sou um vapor de pele a cirandar

Sobre os dias côr de violeta

E gosto que a chuva na sua crueldade

Me molhe as asas de pássaro negro.

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