Um segundo e...uma vida
As pessoas querem abrir os braços
As pessoas acreditam na beleza inesgotável
De uma pedra que vive no fundo de si
As pessoas têm a clareza turva
Dos lagos parados no tempo
Mas não há tempo absolutamente nenhum
Não há lago absolutamente nenhum
Não há paragem no tempo nem velocidade
É tudo tão simples...tão compacto
Tão feito de coisas lisonjeiras e estranhas
Que tocar nas mãos de alguém
É como tocar num céu
Feito de pequenos poros cristalinos
Poros vivos como flores de prata
Ou como a pureza de uma sedosa vigília encantada
Onde esperam que uma luz lhes toque
Na profunda claridade dos olhos
Como se fosse algo que querem muito
Que esperam muito...que temem muito
Algo que as faz sentir que são o tempo
Que sustenta toda a nossa alma
Imperfeita...insegura...ala de vela ao vento
Mas que nos basta para sermos um segundo
E uma vida...