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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O descaramento não tem limites

O governo prepara-se para legislar sobre os sacos de plástico transparentes que usamos nas compras do supermercado. E como é “normal” em Portugal, o governo cedeu às grandes superfícies em prejuízo do cliente. Concordo que se deve acabar com os sacos de plástico ultra-leves, mas penso que cabe aos supermercados arranjarem forma de os substituir sem prejudicar quem compra. Mas o que o governo vai fazer não é defender o ambiente é defender aqueles que nos exploram de todas as maneiras possíveis. Não proibir os sacos, e obrigar o cliente a pagar, é mais uma forma de imposto encapotado, onde ganha o estado e os supermercados. E quem perde é o ambiente e o consumidor, ou seja, o mexilhão.

Nascimento

As casas sangram

As ruas soltam golfadas de solidão

Nas pedras do passeio

Gritamos como ontem...fugimos como amanhãs

Rodamos a chave

E desaparecemos na profundidade dos quartos

Dramáticos sonhos feitos de intensos arpões

Postam-se na vigília do silêncio

Um pouco das nossas mãos

Escorre pela música dos oceanos

Agarra as águas insatisfeitas...somos águas

Insatisfeitas como penumbras

Isoladas como tranças na nostalgia dos olhos

E ainda não subimos todos os degraus

Ainda não secámos todas as fontes

Ainda não nascemos...para nós...