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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

O "esforçozinho".

É “enternecedora” a forma como o Sr. Presidente da República pediu aos bancos para nos arrancarem a pele com mais suavidade. É “enternecedora” a forma como o Sr. Presidente da República pediu a entidades que têm lucrado centena de milhões de euros ( de lucros excessivos com o aumento das prestações dos empréstimos à habitação), que paguem mais uns tostões de juros nos depósitos a prazo. É “enternecedora” a forma como o Sr. Presidente da República usa o diminutivo de esforço,( não vão os banqueiros ficar amuados). Não há dúvida que a banca é como um vento negro que tudo derrete. É deprimente que o Governador do Banco de Portugal se mantenha calado. É deprimente que o BCE não obrigue os bancos a aumentarem os juros dos depósitos a prazo na mesma percentagem que aumentam os juros das prestações da casa. É deprimente que os bancos vivam num êxtase de lucros enquanto os clientes esbarram na intocabilidade dos mesmos bancos. Mas que em caso de perdas são chamados a salvá-los. É deprimente que a justiça seja algo que se observa à distância e que ninguém tenha a coragem de pressionar a banca. É deprimente sentir que o hálito da banca cheira a podre, e que os clientes são tratados como reflexos de pessoas. Já só com ossos porque a carne foi comida pelos empréstimos.