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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Impermanência

Há um fogo que transporto

Em camadas sobrepostas

Há um vulcão caudaloso

A espreitar por dentro da luz

E digo desperta...inventa...despe-te

E digo saca do alfange ...ri

Busca a ilha das gaivotas

E olho para um azulejo azul

Onde brilha o tempo dos segredos

E digo acorda...inventa invernos

Busca montanhas...imagina barcos

E digo salta...respira vagas e brisas

Cintila na sombra das paredes

E digo cavalga as ondas

Escuras ondas que se recortam na força do luar

E digo vastidão de alamedas

E falo de manhãs lisas e quietas

E adormeço...

Na impermanência da eternidade.