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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Obstinação

Quando as margens se riem

Com o nascimento da luz

Quando o grande mar

Desagua num grito de júbilo

E o silêncio

Traça um circulo de sussurros desamparados

A face nua da seiva

Aparece dentro de uma serena manhã

É o nosso corpo a unidade de pensamento e alma.

 

A obstinação da pedra

A guiar o sol para os confins de nós

E a águia que voa sobre o clamor da paisagem

E o seio da noite

A atrair os corpos para o tempo do amor.

 

Damos passos em falso

Habitamos casas escuras

Somos folhagem e sangue de luzes

E somos doces

Como raios de vida cortando a noite.