Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Todas as estrelas morrem

No consolo do dia procuro o alimento imprevisto

Procuro o tempo de cada objecto

De cada acto...de cada vidro espelhado

Procuro a sabedoria da floração dos tormentos

O toque subtil das razões

Que brilham na tranquilidade das árvores

Procuro o fruto que adormece na breve fala do estio

E vejo no translúcido tempo

O princípio da ausência inflamada das horas

Vejo o vazio dos dedos

A agarrarem o branco das casas

Vejo as asas esguias das paisagens

Onde nunca estarei

E tudo se mistura num caleidoscópio de vozes

Cidades e rios que acicatam a minha mente

Tudo se apaga num imenso aroma

A corpos debruçados sobre sonhos feitos de vento

E todos os barcos partem

Todos os mares cantam

Todas as estrelas morrem.