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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Paz...

Eu não estava ali

Não era aquele o meu respirar

As mãos...vazias...o rosto...opaco

Como se fosse um espelho escondido de mim

Os meus olhos

Distraíam-se com as perguntas do vento

Perguntas vagas...crispadas

Como mãos que agarram o infinito

A tarde...era uma longa angústia

Escorria de todos os meus ângulos

Um fogo inoxidável

E na sombra das clareiras

Extinguia-se o cansaço que me percorria

Sentia uma tenaz a apertar

Olhei o azul sem fim desse cansaço

Toquei nessa rota com a ponta dos olhos

E por entre as fendas azuis das margens

Eu esvaziava-me de sonhos e enxugava

A alma...