Paz...
Eu não estava ali
Não era aquele o meu respirar
As mãos...vazias...o rosto...opaco
Como se fosse um espelho escondido de mim
Os meus olhos
Distraíam-se com as perguntas do vento
Perguntas vagas...crispadas
Como mãos que agarram o infinito
A tarde...era uma longa angústia
Escorria de todos os meus ângulos
Um fogo inoxidável
E na sombra das clareiras
Extinguia-se o cansaço que me percorria
Sentia uma tenaz a apertar
Olhei o azul sem fim desse cansaço
Toquei nessa rota com a ponta dos olhos
E por entre as fendas azuis das margens
Eu esvaziava-me de sonhos e enxugava
A alma...