Paixões que incendeiam mundos
Olhos como esferas ardentes acendem a noite
Volúpias de lagos intrigados...brilhos de alma
Suavemente descem fulgores...fogueiras enluvadas
Paixões que incendeiam mundos
Secretamente erguem-se encantos abrasados
Refletindo felicidades langorosas
Doce volúpia que se ergue dos olhos ressequidos
Infusões de amor...satélites trágicos
Filtrando o espanto através de um encanto florido
Todo o conteúdo do coração
Se deleita numa amnésia adocicada
Corpo nu distendido
Orvalho embebido na beleza das mãos brancas
Suaves penas denunciando amores
Permanecem na relva tragicamente esquecidas
Como luvas requintadas...abandonadas
Depois do espasmo dos corpos em fusão
Dilatados olhos...ofegantes sóis
Tudo passa pelo filtro da paixão
Todos os universos e todos os lagos
Todas as trágicas camas embebidas em lençóis de cetim
Serenas camas que espantarão os jardins
Perfumados por gerânios graciosos
Onde o amor espera o ardente sol
Como um suspiro que se ouve nos céus...