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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Somos metade tempo...metade mariposas 1foto 1texto

10-07-2013 063.jpg

Somos troncos cobertos de musgo

Que demora a nascer

Imitações de sombras

Grutas demoníacas

Que se arrastam pelo empedrado dos passeios

Condenamos as paredes

De onde escorrem macios tempos

Céus feitos de lamparinas

Crentes no barulho ensurdecedor das cascatas

Transformamos os ombros em asas

Regressamos das alturas...sonhamos

Somos metade tempo...metade mariposas

Mulheres temporárias...cegueiras recorrentes

Caminhos descruzados...lubrificação de olhos

Tudo conhecemos na imitação coreográfica dos dias

Tempo e asas...sal e lagos calmos

A areia converte-se em dedos

Imaginação quente...abafado riso

Corpo inesperado enterrando-se na ponta da vida

Uivos de pele arrepiada

Enchendo todo o tamanho dos silêncios

Comendo mãos que marginam desejos...beijos

O corpo balança...a lua enlouquece

Tudo desaparece numa invisibilidade sôfrega

Os corpos voam...enlouquecidos pelo toque das mãos

Querem salgar o mar...suar

Ao fundo...descansam planícies cobertas de flores

Rosas bravas emergem como tesouros escondidos

E nós...perdidos

No fundo da nossa assombração

Queremos mais...muito mais

Que um corpo com asas

Queremos sentir o toque perfumados dos nossos céus!