Cada pedaço de mim
Sei que as luzes calcam as sombras enfurecidas
Contornos de morte dormindo nua
Dentro das casas
O bolor adormeceu nos recantos assombrados dos quartos
Oculto-me de todas as visões
Apalpo-me...sussurro a ternurentas aves
Produzo máscaras onde oculto o vento
Desfio a tua boca
Como se fosse mel derramado sobre os meus lábios
Cada pedaço de mim sabe onde não estou
Sabe dos meus dispersares
Dos meus sóis tenebrosos
Dos meus dedos que se agarram a paisagens secretas
Desprendem-se areias ternurentas
Quentes amparos de chuvadas violentas...
Tudo se passa dentro de um quarto onde voam borboletas
E onde se perseguem sossegos de mistérios!