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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cada pedaço de mim

Sei que as luzes calcam as sombras enfurecidas

Contornos de morte dormindo nua

Dentro das casas

O bolor adormeceu nos recantos assombrados dos quartos

Oculto-me de todas as visões

Apalpo-me...sussurro a ternurentas aves

Produzo máscaras onde oculto o vento

Desfio a tua boca

Como se fosse mel derramado sobre os meus lábios

Cada pedaço de mim sabe onde não estou

Sabe dos meus dispersares

Dos meus sóis tenebrosos

Dos meus dedos que se agarram a paisagens secretas

Desprendem-se areias ternurentas

Quentes amparos de chuvadas violentas...

Tudo se passa dentro de um quarto onde voam borboletas

E onde se perseguem sossegos de mistérios!