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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Que o vento me liberte

Estratégicas veias tremem de frio

Assustam-se com as palavras...estão exaustas

Chego a casa e ouve-se uma música...cheia

Como uma espiral com arestas

Ou um papel dorido pelas palavras

E o corpo é uma fenda

De onde escorrem plantas desgastadas

O peito é apenas algo que se debruça sobre a fundura da angústia

Uma mancha na noite

Plasticidade de sustos encardidos

Respirares dolorosos...vidros gastos pelas luzes

Os dias incham perante mim...procuram os bosques

Ganharam dedos dentro da boca

Agarram...agarram-me...querem que escreva os seus nomes

E eu latejo dentro da folha em branco

Estrangulo as avenidas

Tamborilo sobre as sombras

Respiro como uma solidão poeirenta

E o silêncio cai verticalmente sobre as ervas esfaceladas

Assusta a sombra das paredes

Perfura as janelas...

Progride vertiginosamente como uma anémona rara...plástica

E as minhas pálpebras sonham manhãs doridas

Intimidades desgastadas

Aquáticas fendas nas noites

Já não me espanto

Espero que o som das plantas de acorde

Que o vento me liberte

Que me reveja no fundo branco de uma parede caiada

Eléctrica...sem idade...