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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A eterna palavra...amor!

Quem serás tu divinal criatura

Que chegas como uma ave prometida

Que caminhas por entre camas friorentas

Que convidas os odores do verão florido

Acompanha-te o rústico gelo de uma pedra

Ornamentada com desconhecidos corações...

 

Vens como uma ave

Que sepulta a sua beleza sob as penas encolhidas

Mas és alma florida

És fruto feliz

És pensamento de mistério...

 

Convido-te a receberes-me nos teus braços

A reconheceres em mim o teu jardim

Como se eu fosse um convidado luxuriante

Uma azulínea figura

Um irreconhecível serão

Pela minha parte

Serei aquele que devasta o teu silêncio

Que semeia os teus sorrisos

Que te colhe...

 

E mesmo que a ventania

Sopre sobre as flores mais delicadas

Não arrancará a floração da nossa alma

Não mutilará o nosso coração

Somos pessoas em flor...

 

Hoje podemos juncar de rosas a nossa desolação

Podemos transformar a nossa alma num ramo florido

Podemos sepultar os nossos versos sob a lua clarividente

Podemos aquecer as mãos nessa melancolia

Que espalhámos sobre os caminhos

Porque finalmente podemos contemplar

A eterna palavra...amor!